13.10.08

Durmo todas as noites, mas acordo todas as manhãs cansado.
Estou cansado da vida.

19.9.08

Porque é que me deixas assim? Esvaio-me na dor de não saber a que porta ir bater. Talvez não te tenhas esquecido de mim, mas esqueceste-te de mo demonstrar. E isso dói. Por dentro e por fora. Por mim todo. Em mim.

28.7.08

A minha alma está febril, deitada no leito do desespero.

Grita.
(Ninguém a ouve)

Delira
(Ninguém a acode)

15.6.08

Onde está ela?

Não sei onde estou. Há muito que me perdi. Não passeio, antes vagueio por esta estrada de pó. Estou perdido e não tenho bússola. Não sei onde é o Norte, mas nem sei se é o Norte que procuro. É difícil encontrar um lugar a que nunca se foi. Onde está ela?

2.6.08

Não lhe respondas com outra pergunta. Responder com outra pergunta não é responder. É esconder as próprias dúvidas atrás de uma interrogação.

6.5.08

Agora compreendo por que não te queria olhar de frente. De que me serve querer o sol, se sei que não o posso ter?

4.5.08

Luz de Maio

Quando te foste embora, o Inverno desceu sobre mim. O tempo passou e agora recordo-te como luz. Ele não pára, mas tudo cura, até mesmo a dor mais profunda. Continuo a lembrar-te. És a minha luz. Sempre e para sempre.

15.4.08

Sinto-me como um vagabundo que vagueia pelo apeadeiro da desilusão, à espera de um comboio que sabe que nunca vai chegar.

8.4.08

Não fui talhado para a existência. Sou metade do que sou e não gosto do que vejo ao espelho todos os dias de manhã.

25.2.08

Não sei quem sou neste emaranhado de pensamentos. Perco-me no dédalo em que me transformo. Não me encontro, antes me distancio mais de mim mesmo. Seria mais fácil abdicar daquilo em que me acredito do que sentir-me triste por me descobrir aquilo que sou.

15.2.08

Chega de conselhos. Eu não gosto de conselhos. Não. Não me venham com conselhos. Os conselhos não são mais do que meras críticas dissimuladas. Não me venham com conselhos. Chega. Chega. Chega. Basta de conselhos. Não quero mais conselhos. Não me venham com conselhos.

10.1.08

Eles deviam sabê-lo, mas eu não lhes consigo dizer.
Que preciso deles como a água que bebo.
Que preciso deles como o ar que respiro.

8.1.08

Sobre "Pode Alguém Ser Quem Não É?"

Não. Não deixemos desmoronar um a um sonhos sãos. Não. Não passemos da alegria ao desamor. Dá-me a tua mão. Dá-me o teu passo. Vem comigo. Esqueçamos a dor no peito. E a saudade...

7.1.08

Não choro

Deixo-me ficar no entediante encolher de ombros, meto as mãos nos bolsos do casaco, deixo descair a cabeça, os ombros.

Não choro. Por fora.

Se viver fosse bom...

O que é a vida senão gastar, dia após dia, a infelicidade que nos coube em sorte, mal abrimos os olhos ao mundo? Se viver fosse bom, não nascíamos a chorar.