29.1.07

Tenho pena que não me compreendas. Eu sei, para ti é tudo fácil. É fácil sorrir. É fácil falar. É fácil caminhar. É fácil responder. É tudo fácil.

Pois para mim nem tudo e fácil. E se para ti é fácil recriminar-me, para mim é difícil ouvir as tuas recriminações. Eu sei. Deveria ser fácil para toda a gente sorrir, falar, caminhar, responder. Mas o campo do dever-ser não é o campo do ser. E o que eu deveria ser não é o que realmente sou.

Se para ti tudo é fácil, perceber isto deveria ser fácil.
Tenho medo do amanhã.