20.4.09

É mais fácil ter por companheira a apatia que a coragem. Sinto esta angústia dentro de mim, por trás da garganta. Aperta-ma. E eu não consigo respirar. Os meus olhos estão húmidos, não consigo guardar aqui dentro os rios que me percorrem por dentro. É o cansaço. Será algo mais?

14.4.09

Era capaz de dar a minha mão direita só para te ter aqui ao pé de mim, para te poder abraçar, respirar o teu perfume, sentir-te bem junto a mim e acreditar por poucos minutos que fossem que o mundo é um lugar bonito para se viver.

9.4.09

Cada dia é cada vez mais difícil. A poeira assenta atrás de mim, mas eu nem sequer olho para trás. Para quê? Para ter pena? Ando de cabeça baixa, os ombros descaídos. Não sei por que caminho. Não sei por que tenho de continuar a caminhar. A estrada segue em frente, mas de que vale caminhar na berma a ver os outros que passam? Os meus pés mal se levantam do chão. Arrastam-se. Arrastam-me pela berma da estrada. É a solidão que me mata. É a desilusão que me mói. Dói.