26.9.05

Corro sem saber para onde.
Estou cansado, mas continuo a correr.

Estou cansado de correr e estou cansado de estar cansado.
Não gosto de me sentir cansado.
Não gosto de correr.
Mas não deixo de correr.

Para onde?

Para sítio nenhum.

Mas não deixo de correr.

Desespero

Penso naquilo que gostaria de não pensar.
Não gosto de pensar no que penso.

Sinto isto que não gosto de sentir.
Não gosto de sentir isto que sinto.

Sinto estas pregas na alma (ah! como te compreendo Álvaro).
Alma? Mas qual alma? E, no entanto, como te compreendo Álvaro.
Com alma ou sem ela, mas sempre com estas pregas.
Só tu mesmo me compreendes.
Nem eu me compreendo, porque não gosto de pensar no que penso e não gosto de sentir o que sinto.
Mas mesmo assim continuo a pensá-lo e mesmo assim continuo a senti-lo.

24.9.05

10.9.05

Sinto-me numa guerra

Onde todos os dias me matam...

Onde todos os dias morro.