Vi-te a dançar ao longe
Com uma saia rodada.
Dançavas despreocupadamente
Como quem não dá por nada.
Dançavas a dança do amor
E ao longe eu contigo rodava.
Lentamente levantavas a saia
Ao longe, sabias, eu olhava.
Fui-me aproximando devagar
Da tua dança de sedução
Até chegar ao pé de ti
E ao pé de ti te pegar na mão.
Pedi-te para tirares a saia
Nunca soubeste dizer que não.
Tu tiraste a tua saia.
E amámo-nos no chão.
3 comentários:
VOLTEI!
A minha vida de tédio clamava por algo espirituoso...
Assim, este verdadeiro "mito do eterno retorno" projecta as oscilações que caracterizam as minhas aparições fulminantes neste blog.
(Espero que a personagem da saia não seja a "mui cara" "Joana Vaqueira", que eu tanto estimo, quer pela sua elevada condição social, quer extrema formação moral que lhe são incontornáveis e que, de resto, não lhe permitem "deitar-se em qualquer palha"...)
Um abraço
(se não for muito pessoal)
Um poema bastante ritmado, que nos prende desde o início de tal forma que nos apetece dançar...
Gostei!
O cemitério foi demolido e das cinzas (re)nasceu um Trovador, reencarnado num outro homem que dança e ama mesmo no chão.
Gostei mesmo do poema ;)
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